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sábado, 25 de agosto de 2007

SARAU ELO DA CORRENTE - 23/08 - ONTEM ...PIRITUBA

POESIA NO AR E SONINHA A PENSAR
(foto tirada na 8° semana)

Linda noite, noite nossa, noite de (r) evolução ....


O 10° Sarau Elo da Corrente ontem no bar do santista foi emocionante, todo mundo estava contagiado, lendo com muita fé e humildade seus versos, louvando nosso bairro, nossos semelhantes. Protesto, amor, sinceridade, homenagens e também uma visita muita especial que chegou ao nosso Sarau pra ser mais um ELO DA CORRENTE.... guerreiro valioso.


.......To falando da visita do poeta Leandro Chaves que veio da Chacará Inglesa e trouxe seu talento e carisma pra compartilhar com a gente. Valeu mesmo Leandro ... a familia agradece!!!


Uma pena que ontem eu e a Raquel ficamos vendo na madruga as fotos e videos, gravados pelo Thiago durante o sarau, apanhamos da tecnologia e apagamos todos as fotos, vai vendo !!!

Mas com certeza essa noite vai ficar na memória, pois tudo mundo foi pra casa ontem com um brilho no olhar e com um sorriso estampado. Salve!!!


Já combinamos que na semana que vem vamos representar no Sarau Poesias das Ruas, que tem sido melhor a cada semana, na Ação Educativa. Não haverá sarau no bar do santista, mas a poesia não para, pois por aqui NINGUÉM TÁ CANSADO!!!

Michel da Silva


Ai vai duas poesias de LEANDRO CHAVES :




Solidão

Quem me acompanha...
Quem me da boa noite quando entro e fecho a porta.
Que me faz embebedar e chorar de saudades...
Que me faz olhar a realidade e tudo o que eu deixei para trás...
Quem me faz atirar nos braços de qualquer...
Que dobrando a esquina já não sei quem é...
Que não ligando nada é...
Solidão
Que entra quando menos esperada
Ferida que não é curada
Saudade amargurada....
Um choro veio a tona...
Como um lobo uivava para a lua
Como um tolo chorava as tuas...
Solidão
Que de duas, apenas uma...
Que de uma apenas nada...
Coração que bate para
Tudo para...
A vida o trabalho, a saúde o amor...
Apenas dor...
Me deito para recompor...
Durmo e esqueço a dor.


____________________

Percepção

Em terras desconhecidas entrei...
Procuro, procurei, e ainda não encontrei...
Em tortuosas dimensões de minha vida, ainda não avistei
Em realidades sofridas apenas tropecei...Chorei...
Levantei para seguir em frente, pois ainda assim não encontrei
Mais um pouco a frente me torturei, pois amei...
Chorei, ajoelhei, me entreguei, desmoronei...
E mesmo assim não encontrei...
Continuei...
Enxuguei as lagrimas e caminhei...
Olhei para o infinito céu e gritei...
Gritei...
Gritei...
Perguntei...
Nenhuma resposta me veio... apenas me engasguei, solucei
Num imenso chão me deitei...
E para o infinito teto azul continuei a olhar
Uma leve brisa de vento veio me refrescar...
Banhar meu corpo...
Acariciar meu rosto...
E aos meus olhos uma folha de arvore flutuava e caia bem lentamente em direção ao meu peito.
Percebi então que o que procurava estava a todo tempo comigo...
A vida...
A minha vida...

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