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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

RJ é FANK! (por Michel Yakini)




Nossa passagem pelo RJ neste fim de semana foi rápida, mas intensa. A cidade tá vivendo um momento impar por conta do sumiço do(s) Amarildo(s) e os pedidos sem cessar de Fora-Cabral! Nossa visita ao Sarau da APAFUNK, que acontece na Ocupação Manuel Congo, ao lado da Câmera dos Vereadores ocupada pelos manifestantes, fez encruzilhada com tudo isso já na chegada.
O sarau começou em meio a tensão, tava bonito, rua lotada, muitos poetas versando, mas não foi possível chegar ao fim, pois a truculência de cada dia cercou a rua e deu o ar da graça com suas bombas. Numa decisão acertada o anfitrião Mano Teko interrompeu o sarau, pra não tentar a sorte de provar do veneno anunciado.
 Ainda sim tivemos o prazer de ouvir, versar, semear, colher e beber dessa nascente: Sarau APAFUNK! Caminhada e Fundamento! Necessário voltar. Quem estiver no RJ, vale chegar nessa fogueira que firma toda segunda do mês na Rua Alcindo Guanabara, no olho do furacão.
No sábado fomos conhecer outra atividade da APAFUNK, que acontece em Irajá, numa praça do bairro, é o encontro SISTEMA FANK (isso mesmo com “A”), uma aula de história e estórias com a velha guarda do Funk no RJ. Rolou o  lançamento do vídeo-clipe “Gangster da Favela” do Mano Teko (dá play!)  e só a rapaziada do tempo em que muitas letras de Funk era batizada com o nome de RAP, Rap da Felicidade, Rap das Armas ...e por aí vai. Hoje essa mesma rapaziada luta pro Funk ter seu espaço digno e respeitado na cena da cidade.
Satisfação ouvir ao vivo MC Junior e Mc Leonardo, Mc Pingo, Mano Teko, Mcs que são a história viva de um movimento nascido nos morros, nos anos 90, e que mantém o coração pulsante sob a sola calejada.
Só temos que agradecer a atenção e a partilha dessa energia.
Sem palavras: Andrew e sua família (Claudia e o pequeno Iory), que nos acolheram tão bem em sua morada.
Tá valendo Raquel Almeida, Celinha Reis e Edu Godoy por somar nesse bonde comigo!


Vida longa APAFUNK!

2 comentários:

Nelson Maca disse...

Muito bacana seu texto, Michel! Dá bem a dimensão desse elo dessa nossa corrente chamada APAFunk! Fico feliz de ler seu relato e instigado a ver a rapa da Blackitude somando no próximo encontro! Obrigado por palavras tão potentes!


Nelson Maca

Andrew disse...

O carinho e reciprocidade foram os mesmos... quando pensar e quiser saber onde vir!! abços!! e obrigado por vibes tão positivas!