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segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Homenagem a Raquel Trindade ( Kambinda)


Raquel Trindade Souza (Kambinda) nasceu em 10 de Agosto de 1936 no Recife, filha mais velha do poeta Solano Trindade e de Margarida Trindade (com quem aprendeu a dançar). Autodidata nas artes plásticas, sempre explorou a temática da cultura negra e popular, principalmente os orixás do candomblé e as danças folclóricas. É também fundadora do Teatro Popular Solano Trindade no Embu das Artes, no qual homenageia e preserva a memória de seu pai, criador da Frente Negra Pernambucana e do Teatro Popular Brasileiro. Raquel é Yalorixá (mãe ou zeladora de Orixá) no candomblé.


Ministra cursos e oficinas livres em todo o país, principalmente no Embu das Artes, onde segue enraizada. Foi professora de Sabedoria Popular da UNICAMP (Departamento de Dança e Artes Dramáticas), nessa ocasião como só tinha um negro em toda graduação Kambinda pediu para dar o curso de extensão para funcionários, trabalhadores de fora e outros estudantes, desse curso se originou os grupos: Urucungos, Puítas, Quijenges.


Raquel Trindade passou a assinar o nome Kambinda, etnia do sul da África e região angolana (Kabinda), pois quando era jovem ganhava prêmios de pintura e muitos diziam que era por ser filha de Solano, mas a história provou seu talento.


É considerada uma das maiores griots (guardiões do conhecimento) vivas no Brasil, por ser grande conhecedora da história e cultura Afro – brasileira. Em 2008 será a comemoração do centenário do nascimento de Solano Trindade, um ano que promete muita festa e reflexão sobre a vida e obra do poeta e de toda família Trindade que segue a risca o legado deixado por Solano à sua filha Raquel: “Trate de aprender porque o que está na mente é difícil de ser roubado e eu não te deixar nada material”.

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