Sabe...
Tem vez que eu fico em versos tristes,
Quando vejo meu lugar em sonhos de rochas e aluminio
Sabe...
Tem vez que eu fico em versos tristes,
Quando vejo o rio da nossa imaginação poluido
E as bicas que jorram na presença, trazendo pó em vez de paz
Sabe...
Tem vez que eu fico de mãos dadas com o silêncio
Mas aí é pra respeitar a vida
Sim, vida!
Meu olhar é como o de qualquer pessoa
Enxerga tudo de ponta cabeça
E só a mente engrenada consegue trazer
As imagens mágicas
Das palavras, dos sorrisos, dos choros (num me abandone)
As palavras são mais fortes do que qualquer cordilheira
Quando falam: "Santo de casa..."
E também quando viajam de ônibus, de trem, e na sola
Só pra trazer noticias das bandas de lá
Contar os causos pras bandas de cá
Sabe...
Tem vez que os versos num brotam na voz
pras poesias sem palavras
Que num é escrita, num é dita
Num tá nas folhas e nem nos ventos
Mas tá pulsando em abraços fortes
Em palmas ritmadas
De mãos calejadas e lisas
Das lidas e das letras
Desde de ontem que essas mãos
Seguram bem forte as minhas mãos
(Já senti isso antes)
E me levam pra caminhos
Que não vejo, só descubro
Mas a cada passo sinto um perfume
Leve e presente, de tranquilidade e atenção
Que me chama e acende a chama
Numa assopração danada
Numa viração danada
Que transforma
De punhado em punhado
Meus versos tristes em cinzas
E abastece minha vida de cores ativas, vivas e infinitas
(Dedicado a João do Nascimento, José Corrêa, Santista, Raquel, Diogo, Douglas, Vagner, Soninha, Diego, Taís, Allan e sua mina, Carol, Jú Balduino, Paulinho, dona Silvia (venceu a novela de goleada), De Lima, Mariana, Avelino, Azulão, Ana Paula, Heitor B.boy, Domingos, Flavinho, Renato Palmares, Talita e seu mino e aos que ficaram em sintonia de ouvido ou de momento)
Michel
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