Hoje é o dia certo pra prosear, pras
lorotas evaporarem e as pilastras firmarem no chão.
É dia de linha cruzada, de desobstruir os
atrasos e dar um chega pra lá na falsidade.
É dia
de abrir os caminhos da pulsação ancestral, e brochar a cara dos chupins de
plantão.
Hoje é dia de vida, de retomar o prazer
das verdades e não valorizar o gozo entorpecido.
É dia de reconhecer o tamanho do seu
mundo e força dos seus desejos.
É
dia de parir lembranças pra sarar as dores e os tapinhas no ombro.
Hoje
é segunda-feira onde tudo começa, onde a gira se abre, com as porteiras
protegidas.
É
dia de olhar pra trás e redesenhar o futuro, sem medo e ódio do próprio
espelho.
É dia
de expurgar o ranço branco e doentio que persiste nessa casa.
Hoje
é dia de segurar a mão das encruzilhadas e abraçar as arvores da confiança.
É
dia de firmar o elo, a rima perfeita, o segredo meia, o sagrado sete, pra ser
escudo e ataque na dose certa.
É dia
de silêncio na retomada, olhar profundo na aldeia, e pés no chão do seu mundo.
Hoje é segunda-feira, dia de acreditar
que a magia natural mora na raiz e não nas formulas, e que a pureza está nas águas
e não no fermento.
E...
Que cada migalha de mofo oferecida sirva
de veneno a quem ofereça.
Pois...
O caldeirão sem fundo tá fervendo e quero
ver quem vai bailar nessa quentura.
Um comentário:
Salve mano, foda o texto.
Quebra tudo lá.
Abraço
Clayton Joao
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