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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

No banco das Letras -Raquel Almeida

Sentada no banco das letras
Dormia a professora cansada
No banco das letras tentando chamar o tambor
Esperando o tambor me chamar
Nebulosas chapas de imposições
Dezessete no máximo... 
Pensei “como florescido seriam nossos caminhos”.
Voltei a real naquela falácia do chapa falando da chapa
Dezessete no máximo acalourando a calourada
No banquinho das letras articulava
Prometia, divagava...
Sua fala infeliz acordou a professora e meu ódio
“...chapa, pra ajudar os negro, mostrar pra eles que eles podem, que eles precisam de nós”
Dezessete era os chapinhas
E só...

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Domingo (17/11) 2ª edição do Caldeirão do Negão (com Michel Yakini e Raquel Almeida)

CALDEIRÃO DO NEGÃO II

SEGUNDA EDIÇÃO DO EVENTO REUNIRÁ MULTIPLICIDADE DE LINGUAGENS ARTÍSTICAS RELACIONADAS AO UNIVERSO AFROBRASILEIRO


DA REDAÇÃO
NOVEMBRO/ 2013


O Caldeirão do Negão está de volta. Após 1.200 pessoas lotarem o evento em 2010, a segunda edição chega para ferver novamente a panela da Casa das Caldeiras, no dia 17 de novembro de 2013, das 15h às 20h, dentro das comemorações da Semana da Consciência Negra.

Organizado por livre iniciativa de empreendedores negros da cidade de São Paulo, esta nova edição do evento reúne diversas linguagens artísticas que se manifestam por intermédio de elementos como poesia, música, circo e dança, proporcionando ao público um verdadeiro mosaico de espetáculos que ressaltam a vitalidade e versatilidade do corpo negro no campo das artes.

“A ideia central desta atividade é desmistificar o conceito de apresentação artística que tem o palco como plataforma única de performances, e também expandir a atual concentração de manifestações artísticas relacionadas ao corpo negro para outras áreas. Adotamos uma dinâmica de intervenções que dialogam com o conceito de cabaré, dessa maneira, o evento contará com diversas e pequenas esquetes que ocorrerão em diversos pontos da Casa das Caldeiras. Além disso, serão contemplados segmentos como o circo, sapateado, entre outras manifestações pouco relacionadas a cultura negra mas que, igualmente a música e a dança, por exemplo, também são áreas de atuação com destacada presença afro-brasileira”, afirmam os organizadores do Caldeirão.

A primeira atração do evento é a mesa de discussão e reflexãoParâmetros de Legitimação da Moda Afro-brasileira, que reuniráo estilista Jaergeton Corrêa (Ateliê Hagadime), o músico e blogueiro Jun Alcântara (ubora.wordpress.com) e um representante de uma agência de modelos negros da capital. Entre outros assuntos, serão abordados temas como a roupa afro para além das passarelas, a performance no cotidiano urbano, intervenção em ambientes corporativos, sua representação na mídia televisiva, além de alguns assuntos polêmicos levantados durante o I Seminário – Moda, Estética Negra e Economia Criativa, realizado no último mês de outubro, em Belo Horizonte. A mediação da conversa será do jornalista Nabor Jr.

O Caldeirão do Negão terá a apresentação da jornalista Chris Gomes e, para além das performances artísticas, reunirá exposição e venda de produtos ligados à cultura negra, como obras de arte, acessórios e confecções. As especiarias gastronômicas ficarão por conta do chef Pakuera, presidente da Comunidade Samba da Vela.



PROGRAMAÇÃO ESPAÇO PRINCIPAL

15H: INÍCIO
15H - 20H: DISCOTECAGEM DJ VIVIAN MARQUES
15H30 - 16H30:PARÂMETROS DE LEGITIMAÇÃO DA MODA AFROBRASILEIRA
16H45 – 17H: ESQUETE DANÇA AFRO DÉBORA MARÇAL
17H10 - 17H30: ESQUETE POESIA MÁRCIO BARBOSA E FÁBIO BOCA
17H40 – 18H10: ESQUETE MUSICAL DENA HILL E ZUMBLACK
18H20 – 18H40: ESQUETE CIRCENSE TRUPE LIUDS
18H50 - 19H: ESQUETES DANÇA DE SALÃO ROGERINHO E THAIS BLACK
19H10 – 19H20: ESQUETE BREAK AFROBREAK
19H30 – 19H40: ESQUETE SAPATEADO
19H50 – 20H: ESQUETE POESIA RAQUEL ALMEIDA E MICHEL YAKINI
20H10: SHOW SAMBA DELAS

PROGRAMAÇÃO CASA DAS MÁQUINAS

15H – 19H: DISCOTECAGEM FESTA SEX BLACK
19H – 19H30: POCKET SHOW AVANTE O COLETIVO

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Lançamento do 4º Livro da Coleção Besouro, não perca! Dia 13/11/2013

Lançamento do 4º Volume da Coleção Besouro
Dia 13/11 as 19h
Local: Emef Theo Dutra Av. Guilherme de Almeida, 110 - Vila Penteado (Atrás do Circo Escola)

Bate papo com Raquel Almeida e Ronaldo Sonyc
Coquetel e Distribuição do Livro “Instrumentos EnCANTAdos”
Apresentação musical e roda capoeira integrada "Capoeira EnCantos" com a CIA.CAPOEIRA – SP
(participação aberta a todos) 

Mais informações producaosuburbana@gmail.com /www.facebook.com/colecaobesouro



terça-feira, 5 de novembro de 2013

Inscrições abertas para Oficina de Empreendedorismo Cultural Jovem (c/Michel Yakini e Raquel Almeida)

FÁBRICAS DE CULTURA - VILA NOVA CACHOEIRINHA

Trilhas de Produção

Empreendedorismo Cultural Jovem


Inscrições abertas!
Curso é voltado para jovens interessados em desenvolver projetos artísticos ou socioculturais, individuais e coletivos. Para inscrição e informações procure a recepção da Fábrica.

06/11 a 05/12/2013 – 10 encontros – quarta e quinta-feira.
Exceto: 14/11 e 20/11 (aula reposição: 12/11 e 19/11 – terça-feira).
com Michel Yakini (Coletivo Elo da Corrente) e Raquel Almeida (Coletivo Elo da Corrente e Esperança Garcia)
Rua Franklin do Amaral, 1575 - São Paulo - SP

Telefone:
(11) 2233-9270 


http://www.fabricasdecultura.org.br

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

25 anos de Fundação Palmares ( a partir de 19.09)



A Representação da Fundação Cultural Palmares em São Paulo oferece à capital e à cidade de Tietê (dia 27 de setembro), 2 meses intensos de debates e rodas de conversa organizados em torno de 4 eixos, a saber:  “o corpo negro nas artes”; “mídia e relações raciais” e as séries “olhares de dentro” e “territórios negros na urbes paulistana”.

Os temas escolhidos respondem às demandas levantadas nos 3 primeiros meses de trabalho desta Representação (abril, maio e junho) junto a artistas e produtores culturais negros.  O propósito das conversas é amarrar pontas e entrelaçar idéias de forma a dar conseqüência a cada uma das frentes abertas pela Representação neste período. Visamos também recolher subsídios para publicações futuras em formato de cadernos ou textos em PDF para o acervo digital da FCP, a serem distribuídos amplamente para o público interessado.  As atividades acontecerão no Auditório MinC, Alameda Nothmann, 1058, Campos Elísios, sempre às 19:00. Informações: 11 - 27664300. Participe!

19/09 (quinta-feira) às 19:00
O corpo no teatro negro – Sidney Santiago, ator, diretor / Os Crespos
O corpo negro no teatro – Lucélia Sérgio, atriz, diretora / Os Crespos
O corpo negro no fazer intelectual – Flávia Rios, Socióloga, Co-autora de Lélia Gonzales, uma biografia e Emerson Inácio, professor / USP, pesquisador  em raça, etnia, gênero e sexualidade
Facilitador: Pedro Neto, Cientista Social PUC-SP e Onilu no Ilé Àse Palepa Mariwo Sesu – SP

20/09 (sexta-feira) às 19:00
Performance: “Folhas poéticas... apanha folha com folha!” Com a escritora e poeta Miriam Alves
O corpo negro na literatura – Sérgio Ballouk, escritor, autor de “Enquanto o tambor não chama” e Miriam Alves, escritora, autora de Brasilafro, entre outros
Facilitadora: Raquel Almeida, escritora, articuladora do sarau Elo da Corrente

25/09 (quarta-feira) às 19:00
Olhares de dentro: presença das matrizes africanas na cidade de São Paulo
Articulação e Coordenação: Movimento Águas de São Paulo em luta pelos direitos humanos e de cidadania das Casas de Asé e contra a intolerância religiosa

26/09 (quinta-feira) às 19:00
O caminho editorial negro – Guellwaar Adún, escritor, coordenador editorial da Ogum’s Toques Negros; Marciano Ventura, coordenador editorial da Ciclo Contínuo e Michel Yakini, escritor, articulador do sarau Elo da Corrente.
Facilitadora: Cidinha da Silva, escritora, responsável pela Representação da FCP em São Paulo

27/09 (sexta-feira), às 14:00, na cidade de Tietê
Olhares de dentro: salvaguarda das celebrações de matrizes africanas em Tietê / a Festa de São Benedito
 Alessandra Gama, capoeira e articuladora do Ponto de Memória e Cultura IBAÔ
Sônia Florêncio – Coordenadora de Educação Patrimonial DAF / IPHAN – Brasília
Marcela Bonatti - Coordenação Setorial de Patrimônio Cultural / Secretaria de Cultura de Campinas
Facilitador: Wellington Alves – Articulador da Festa de São Benedito em Tietê
Endereço: Prefeitura Municipal de Tietê, J. A. Corrêa, 01, Tietê, SP. Telefone para informações: 15 - 32858755

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

RJ é FANK! (por Michel Yakini)




Nossa passagem pelo RJ neste fim de semana foi rápida, mas intensa. A cidade tá vivendo um momento impar por conta do sumiço do(s) Amarildo(s) e os pedidos sem cessar de Fora-Cabral! Nossa visita ao Sarau da APAFUNK, que acontece na Ocupação Manuel Congo, ao lado da Câmera dos Vereadores ocupada pelos manifestantes, fez encruzilhada com tudo isso já na chegada.
O sarau começou em meio a tensão, tava bonito, rua lotada, muitos poetas versando, mas não foi possível chegar ao fim, pois a truculência de cada dia cercou a rua e deu o ar da graça com suas bombas. Numa decisão acertada o anfitrião Mano Teko interrompeu o sarau, pra não tentar a sorte de provar do veneno anunciado.
 Ainda sim tivemos o prazer de ouvir, versar, semear, colher e beber dessa nascente: Sarau APAFUNK! Caminhada e Fundamento! Necessário voltar. Quem estiver no RJ, vale chegar nessa fogueira que firma toda segunda do mês na Rua Alcindo Guanabara, no olho do furacão.
No sábado fomos conhecer outra atividade da APAFUNK, que acontece em Irajá, numa praça do bairro, é o encontro SISTEMA FANK (isso mesmo com “A”), uma aula de história e estórias com a velha guarda do Funk no RJ. Rolou o  lançamento do vídeo-clipe “Gangster da Favela” do Mano Teko (dá play!)  e só a rapaziada do tempo em que muitas letras de Funk era batizada com o nome de RAP, Rap da Felicidade, Rap das Armas ...e por aí vai. Hoje essa mesma rapaziada luta pro Funk ter seu espaço digno e respeitado na cena da cidade.
Satisfação ouvir ao vivo MC Junior e Mc Leonardo, Mc Pingo, Mano Teko, Mcs que são a história viva de um movimento nascido nos morros, nos anos 90, e que mantém o coração pulsante sob a sola calejada.
Só temos que agradecer a atenção e a partilha dessa energia.
Sem palavras: Andrew e sua família (Claudia e o pequeno Iory), que nos acolheram tão bem em sua morada.
Tá valendo Raquel Almeida, Celinha Reis e Edu Godoy por somar nesse bonde comigo!


Vida longa APAFUNK!

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Dreads do Bob Marley ou Bob Marley dos Dreads? (por Raquel Almeida)


“Crianças vivam a sua cultura (Estilo dread nativo)
E não fiquem parados com gestos (Estilo dread nativo)
Oh, a batalha será mais quente (Estilo dread nativo)”.
Trecho “Natty Dread” Bob Marley

Há sempre um incomodo escancarado nos becos que ando por aí, minha mãe sempre disse que um dia eu ia levar uma porrada na rua por encarar as pessoas, por andar de nariz empinado, oras, como se fosse pecado. Há exatamente 2 anos e 3 meses uso dreadlooks, sonho meu desde que afirmei minhas raízes.
Quando era adolescente costumava a usar tranças soltas feitas pela minha prima Mila, coitada da Mila passava 4 horas ou mais traçando minhas madeixas. Minha mãe era a primeira em casa a me chamar de Bob Marley, até então, conhecia as musicas e confesso, gostava bastante, mas como me achava uma adolescente roqueira, nunca assumi que gostava de reggae, samba, entre outros gêneros musicais. O fato é que essa comparação me irritava muito, mas como uma boa pirracenta que sou continuava trançando. Minha mãe achava que usar tranças estragava o cabelo, mas pra mim, era uma forma de me sentir livre, não sabia definir a sensação, mas acordar todo dia sem passar pelo pesadelo dos pentes e dos cremes de pentear era um grito de liberdade de fato. Lembro de ter usado, uma vez, ferro de passar no cabelo, meu pai ficou uma fera comigo, mas as pessoas, atrevidas como sempre, falavam que eu estava linda, o engraçado é que olhando uma foto que eu estava de cabelos ferrados, não estou ali, estou longe, bem longe.
 Depois, tive uma briga feia com os cachos e cortei bem o cabelo, considerando que eles eram longos, cortar o cabelo no pescoço para as pessoas e seus enxerimentos foi um absurdo. Minha mãe acha que eu gosto de desafiar as pessoas, sempre as pessoas e seus pudores. Pois é, não podia nem cortar meu cabelo! Usei muito tranças de raiz, por um tempo, e tinha que aturar as pessoas dizendo “mas seu cabelo não é tão ruim”, “mas você fica com cara de neguinha”, raramente alguém dizia “nossa, combina mais com você”.
Os dreads pra mim eram um sonho. Me preparei durante dois anos pra poder fazê-los, esperei pacientemente e um belo dia marquei horário com uma amiga e ela formou os tão esperados dreads.
É sim uma mudança radical, não nego, até porque a gente pensa que os dreads vão ficar longos e soltos e os meus, no caso, ficaram curtos e espetados. Achei que não iam mudar, mas os dreadlooks são uma metamorfose nas nossas metamorfases, eles se moldam e tem seu tempo certo pra florir, quem usa ou quem já usou sabe bem o que eu digo. É como uma planta, que você cultiva, lava, rega, hidrata, perfuma, e vai descobrindo varias formas de cuidar, desvendamos os mistérios dos dreads quando passamos a tê-los.
Por varias vezes, andando pelas ruas ouço "Bob Marley” ou “olha só o cabelo do Bob Marley”, às vezes só o olhar já basta pra saber que essas pessoas estão muito incomodadas, demais até. Outro dia andando com minha irmã passou uns caras num carro e cantaram: “I wanna love you and treat you right”, cantaram a letra toda errada, nem sabiam o que diz a letra, minha irmã ficou brava, eu sorri. Não foi a primeira vez, nem será a ultima. Outra coisa: ser comparada ao Bob não é ruim, como devem achar, mas eu preferia ser comparada a Rita Marley que também possui dreads, lindos dreads por sinal, mas como não conhecem mulheres com esse penteado tão encantador e provocativo será sempre Bob Marley que eu e outras companheiras vamos ouvir.
Comecei a prestar mais atenção no que tanto incomoda as pessoas, afinal, quem usa dreads sou eu. Boa parte, mas boa parte mesmo acham os dreads bonitos, mas não tem coragem de falar, porque tem medo do que os outros vão pensar, ou porque o padrão de beleza estabelecido não tem jamais uma pessoa de dreads, outras porque pensam que tem piolho. Ué, todo cabelo liso, crespo, dredado, trançado está sujeito a pegar piolho. Outro dia uma mulher me perguntou, “como se cuida de um cabelo desse pelo amor de deus”, eu com toda a paciência, respondi: “como se cuida de qualquer tipo de cabelo, lavando, secando...” devo ter falado algo a mais, mas não lembro ou não quero lembrar, às vezes nossas grosserias nos tiram a razão. Quando se permitem, tocam, elogiam, e eu gosto, é tão gostoso receber carinho nos dreads.
Os mais “engraçadinhos” são os adolescentes, é só olhar pra minha cara e começam a rir, eu rio também, desaguo, dou gargalhadas, eles se assustam, até que param, depois o olhar é sério, como se falasse, “por quê?”, “pra que?”, e quando se aproximam mais, me tratam com carisma, devem me achar descolada.
Ser “diferente” no seu bairro, na sua rua, na sua casa, é muito mais agressivo, não tem perdão, a fala é na lata, e não tá nem aí para a estética negra ou pro movimento negro e muito menos querem saber quem foi Bob Marley. Sempre me pergunto: Quando nós vamos nos enxergar como próximos de fato? Por vezes, penso que tudo relativo à questão racial envolvendo a estética é só utopia. Se eu chegar pra uma menina da minha rua, ela com certeza vai dizer pra mim que estética negra (isso se ela se achar negra) é chapinha no cabelo. Os motivos? Diversos: “porque não precisa lavar todo dia”, “porque não gasta tanto”, “porque é mais prático” entre vários outros argumentos.
            Usando dread percebi que os custos com uma progressiva, por exemplo, são os mesmos, mas é muito mais fácil fazer o que está imposto do que quebrar padrões, até porque questão de pele não é discutível, se eu sou menos pigmentada na favela, eu sou branca e a retinta é morena e por aí vai. Não basta fazer passagens dizendo que o cabelo crespo é lindo, o trabalho começa em casa e devia ser ampliado nas escolas e infelizmente não é o que vejo.
Uma vez, na escola que estudei, um professor de ciência teve a pachorra de dizer que “o Bob Marley tinha mais de mil tipos de piolhos nos cabelos, e que isso afetou o cérebro que gerou a doença que ele teve e por isso ele morreu”. Como pode? Um professor! Ele não sabia o que estava falando, lógico, mas às vezes passando por escolas, percebo que os professores são os mesmos e suas metodologias também, isso é muito triste.
Andando nas ruas, vejo quanto o diferente, que deveria ser comum, é rechaçado, e os trabalhos de base são uma gota no oceano. Hoje, numa escola do bairro, perguntei se alguém conhecia Martin Luther King, o que era discriminação, ninguém soube me dizer nada, nem os professores, perguntei sobre Racionais Mcs todos levantaram as mãos dizendo é “Nóis, aí sim”, mas quando perguntei se prestavam atenção de fato nas letras, ficaram em silencio, falei o trecho de uma, e perguntei se alguém já tinha prestado atenção que o Mano Brown citava Luther King, Malcolm X, Zumbi dos Palmares, dava pra ouvir os grilos de tanto silencio. Na mesma escola, sempre que passo ouço os alunos gritarem das salas de aula “Bob Marley!”.
Nossas referencias são piadas? E se tornaram por quê?
Quando temos uma história elas são distorcidas e o pior: nós acreditamos nas distorções. Não me importo! Podem chamar de Bob Marley, mas ficaria muito mais feliz se a comparação fosse uma exaltação, mas mesmo com as tentativas de depreciação, encaro sim como uma exaltação as minhas raízes, uma exaltação!


sexta-feira, 1 de março de 2013

SLAMULHER E A POÉTICA URBANA DA JOVEM MULHER NEGRA CONTEMPORÂNEA



Realização: Revista O Menelick 2º Ato e Núcleo Bartolomeu de Depoimentos

Data: 7 de Março, quinta-feira

Horário: 19h às 22h

Local: Ação Educativa - Auditório


Atividades: Roda de Conversa (Tula Pilar, Raquel Almeida e Roberta Estrela D´Alva) + Slam


Horários

Roda de conversa: 19h30 às 20h45

Slam: 21h às 22h




Bate-papo: A partir dos textos publicados na revista O Menelick 2º Ato: Poetizar a Existência e o Ser Feminino (Renata Felinto, edição 08) e Declama-te ou te devoro: o Poetry Slam e a Celebração Urbana da Poesia Falada (Roberta Estrela D´Alva, edição 07), as poetisas Raquel Almeida, Tula Pillar e Roberta Estrela D´Alva falarão sobre o atual momento da produção contemporânea literária das jovens mulheres negras poetisas das beiradas da cidade de São Paulo.

A poesia e o slam são duas faces de uma mesma linguagem. O debate propõe uma reflexão estética e literária sobre as convergências e divergências da produção de ambas as formas poéticas e o seu papel na luta cotidiana da mulher negra e periférica na atualidade.

Convidadas: Tula Pillar, Raquel Almeida e Roberta Estrela D’Alva

Mediação: Chris Gomes / Renata Felinto

SLam: Condução do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, microfone aberto apenas para mulheres. Distribuição de prêmios aos vencedores da noite!

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Seminário de Artes e Linguagens: Palavraviva nosso Patrimônio Africano




03/12
as 18hs30
Roda de Conversa:
Uma Literatura na Encruzilhada
Debatedores:
Nelson Maca(BA)Sarau bem Black
e o Escritor MArcelino Freire(SP).
Local :
Auditório Florestan Fernandes, Faculdade de Educação da UFF

04/12 
as 18hs30

Oficinas
Soltando a Lingua
Marcelino Freire

Rememorar ser criança-criar, contar e brincar.
Raquel Almeida

MC no folclore brasileiro
Zinho Trindade

Confecções de Brinquedos Africanos
Lee27
Local:
FEUFF(salas seram divulgadas no hall do bloco D)

05/12
as 18hs30
Sarau Bem Black
poesias divergentes, musicas, contação de história
e performances artisticas.
Presença de poetas e MC's do RJ, SP e BA
Articulador: Nelson Maca
Local:Pilotis da FEUFF

Endereço:
Rua Visconde do Rio Branco, s/n - Campus do Gragoatá, BL D - São Domingos
Niterói-RJ

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

sexta-feira, 27 de julho de 2012

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Michel Yakini e Raquel Almeida (AGENDA fim de semana)



MICHEL YAKINI
10/12/11 (SÁBADO)
19 HORAS

DIÁLOGOS POÉTICOS

Apresentação: Frederico Barbosa e Marco Pezão.
Com Michel Yakini e Rodrigo Ciriaco.
Música: Jogando Tango.

A cada encontro, o Diálogos Poéticos recebe dois poetas contemporâneos, que são entrevistados e leem alguns de seus poemas. O sarau é aberto à participação do público, que terá a oportunidade de apresentar poemas próprios. Neste mês, ele faz parte da programação especial da Rave Cultural, uma grande festa em comemoração ao aniversário da Casa das Rosas, e terá convidados especiais!

LOCAL: CASA DAS ROSAS - 
Av. Paulista, 37 - Bela Vista
(11) 3285.6986 / 3288.9447






RAQUEL ALMEIDA
11/12/11 (DOMINGO)
11 HORAS


GRITA: UMA PANORAMA DA PRODUÇÃO FORA DO GRANDE CENTRO
com Alessandro Buzo, Artigo, Erton Moraes, Raquel Almeida


I FEIRA DO LIVRO DE OSASCO

Biblioteca Pública Monteiro Lobato


Av. Marechal Rondon, 260 Centro
Informações: 3685-1648/3682-2711




segunda-feira, 31 de outubro de 2011

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

(DES)ENCONTRO LITERÁRIO: COM RAQUEL ALMEIDA - SARAU ELO DA CORRENTE

Neste sábado, 20 de agosto, durante as atividades do curso Literatura (é) Possívelteremos a honra e a graça de receber a poeta e ativista cultural RAQUEL ALMEIDA, do Sarau Elo da Corrente, pra prosear com a gente sobre a sua literatura, corres culturais, políticos, entre outras cositas.

Um batepapo informal, descontraído, regado a muita informação, história e poesia. Então, quem quiser chegar, o convite está feito, a porta aberta, e a literatura: viva!




(DES)ENCONTRO LITERÁRIO
com a poeta RAQUEL ALMEIDA

Sábado, 20 de agosto,
das 13hs as 14:30hs.
na EE Jornalista Francisco Mesquita

Rua Venceslau Guimarães, 581
Jd. Verônia - Erm. Matarazzo

sobre a autora: Raquel Almeida é poeta, ativista cultural, integrante do Coletivo Literário Sarau Elo da Corrente eColetivo Cultural Esperança Garcia; autora do livro “Duas Gerações Sobrevivendo no Gueto”, além da participação em vários outros.

Realização: Sarau dos Mesquiteiros
Apoio: VAI-PMSP


quinta-feira, 31 de março de 2011

30º QUINTASOITO - MULHERES - NESTA QUINTA FEIRA - AS 20HS - NO ESPAÇO CLARIÔ



30º QUINTASOITO
M U L H E R E S
 
Este mês o quintasoito será em homenagem as mulheres! Conheceremos artistas de vários segmentos, que fazem diferença em nossa quebrada!Claro que um único quintasoito não dá conta de falar de todas as mulheres que estão pincelandos seus ditos e feitos no quadro da periferia...Mas, convidamos algumas para representar e celebrar essas mulheres de nossos guetos!



Artes Plásticas
RENATA FELINTO

Artista plástica desde a sua adolescência, graduou-se em Artes Plásticas e desenvolveu dissertação de Mestrado em Artes Visuais pela UNESP sob o tema da arte contemporânea produzida por artistas negros e de sua pesquisa “Re-Existindo”. Atua na área de educação patrimonial em museus e instituições culturais desde 2000. Trabalhou no Núcleo de Educação do Museu Afro Brasil desde a sua inauguração ocupando cargos de educadora, consultora de artes e de coordenadora. Já publicou diversos artigos, ministrou cursos, organizou exposições e encontros focando questões sobre a arte, educação e etnicidade, dentre os quais podem ser destacados a coordenação e autoria juntamente com outros autores da Coleção Civilização Brasileira – Cultura Afro – Volume 1 e 2, Editora DCL, 2011, e Projeto “Vivenciar”, Livro do aluno – segmento Cultura Afro Fundamental 1e 2, Editora DCL, 2009. Atualmente atua como educadora e pesquisadora em projetos culturais, sociais e educacionais como o “Embu com Artes” (Instituto Sidarta e IMPAES) e a revista “O Menelick 2. Ato” (Conselho Editorial, Editora Mandela Crew), além de desenvolver seus trabalhos como artista plástica cuja pesquisa atual se chama “Afro Retratos, ”e as pesquisas preparatórias para a realização do exame de doutorado.





TEATRO
Atriz e escritora Raquel Nogueira (Suzano)




Azul e Amarelo ou Porque eu Estou Falando Essas Coisas

Azul e Amarelo fala do instante do pensamento que descobrimos que estamos pensando sobre tudo. Um instante infinito, ilimitado que tem sua limitação no tempo físico pois o tempo de nossa mente vai além da compreensão.Um texto que mostra as ligações de uma vida, de como essas ligações acontecem ao longo do tempo que mesmo distantes estão conectados pelo fato de fazer parte de uma única vida, uma única existência.




DANÇA


Intervenção: SERIA UM SOLO + GRITOS EM ESPIRAL

Intérprete Criadora: Luciane Ramos

Vocal e outras presenças: Danielle Almeida

Duração: 10minutos aproximadamente



POESIA
 RAQUEL ALMEIDA


Raquel Almeida, escritora, arte – educadora e produtora cultural. Co-fundadora do Coletivo literário Elo da Corrente. Grupo que atua no bairro de Pirituba, desde 2007, no movimento de literatura periférica, realizando um sarau semanal e mantendo uma biblioteca comunitária nessa comunidade. Além disso, o coletivo realiza oficinas e recitais em escolas, centros culturais, universidades e espaços públicos de diversas regiões. Coordena o selo editorial Elo da Corrente Edições, publicando autores independentes. Co-fundadora do Coletivo Cultural “Esperança Garcia”, formado por mulheres que desenvolvem ações culturais nos saraus das periferias de São Paulo. O grupo promove discussões que refletem o papel da mulher negra e periférica na literatura e outras vertentes artísticas.

Obra individual: Duas Gerações Sobrevivendo no Gueto (contos, poesias e crônicas), 2008, co-autora Soninha MAZO – Elo da Corrente Edições. Co-organizadora (com Michel da Silva) da Antologia Sarau Elo da Corrente –Prosa e Poesia Periférica, 2008 Elo da Corrente Edições.Participou de diversas antologias como: Cadernos Negros 30, Negrafias I e II, Pelas Periferias do Brasil II e Antologia Sarau Poesia na Brasa I e II.


M Ú S I C A

DONA JACIRA

Compositora, Poetisa e Escritora,
que a mais de vinte anos vem cantando e contando a cultura popular.

Participou do CD "MULHERES PERIFÉRICAS CANTAM"

Produzido pela Casa Da Mulher e Da Criança em 2010,

Gravando a Faixa "SAMBA CAMARADA"'  de sua autoria.


TUDO ISSO E MAIS O CALDO DE SEMPRE, NO CALOROSO ENCONTRO QUE ACONTECERÁ NESTA QUINTA FEIRA, DIA 31 DE MARÇO, as 20h, NO ESPAÇO CLARIÔ, EM


HOMENAGEM AS MULHERES!!!
BÓRACHEGÁ!

quarta-feira, 2 de março de 2011

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ouça nossa entrevista na Rádio Trianon

Essa é nossa entrevista (Raquel e Michel), dividida em 4 blocos, concedida no dia 08.01 na Rádio Trianon AM, durante o programa "Radar Paulista" apresentado por Renato Albuquerque, falando sobre nosso trampo.
Quem não ouviu e tiver curiosidade é só acionar o play.


PARTE I


PARTE II


PARTE III


PARTE IV

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Entrevista Rádio Trianon - Michel Yakini e Raquel Almeida

Hoje as 17 horas
Entrevista
Michel Yakini e Raquel Almeida
com jornalista Renato Albuquerque
 ao vivo
 Programa Radar Paulista,
  Rádio Trianon AM 740
Falando do nosso trabalho com o  Coletivo Elo da Corrente.

Quem estiver de bobeira no dial sintoniza lá pra conferir.