segunda-feira, 10 de setembro de 2007
O CANTO DA MULHER PRETA por Michel da Silva
Quando a vejo cantando
Minha pele se arrepia
Como essa preta é linda
Dançando e celebrando
Pedindo a real alforria
Preta de luta
Filha de Nzinga
Admiro
E muito respeito
A raiz africana
Em todo o seu jeito
Pedindo justiça e liberdade
Em ato verdadeiro
Essa preta é orgulho
Do povo afro brasileiro
Buscando conquistar
Tentando conscientizar
Cantando pro preto
Existir e se valorizar
Canta minha preta
Canta
Encanta minha nega
Encanta
No valor dessa etnia
No valor dessa raça
Na raiz dessa gente
Na raiz dessa massa
Enquanto o atabaque tocar
Peça a benção do seu Orixá
Ofereça toda sua fé
Nos deseje muito axé
No seu canto a vitória
Realidade da nossa história
Incendiada e irrelevante
Pro dono da casa grande
Mas pela preta não excluida
Lembrança e respeito
Da negritude vivida
Na sua história tem Dandara
Anastácia e Clementina
História de guerreira
História verdadeira
Aos olhos do Senhor
Seu povo é inferior
Na luta por amor
Ela resgata seu valor
Defesa da sua raça
Sentimento que não passa
Canto de coragem
Rompe até mordaça
No novo mundo
Seu povo é tido incapaz
O canto dela ecoa
Pede a verdadeira paz
Preta mulé
Esperança da nossa gente
Cantando sua dor
Rompendo nossas correntes
Preta mulé
Seu nosso povo merece ser feliz
Celebre e também sorria
Na força da sua voz
A nossa esperada alforria
No brilho da sua pele
Que ainda transpira sangue
A sua luta é nossa
Simboliza um grande levante
Canta minha preta
Canta
Encanta minha preta
Encanta
No valor dessa etnia
No valor dessa raça
Na raiz dessa gente
Na raiz dessa massa
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