Tradutor

quarta-feira, 14 de maio de 2008

BUZÃO - CIRCULAR PERIFÉRICO (EM PIRITUBA)

Aí está o video do quadro Buzão - Circular Periférico, do Programa Manos e Minas (Tv Cultura)
Essa foi a visita que o Buzo fez em nosso bairro Pirituba ... (RZO, Sarau e Biblioteca Comunitária Elo da Corrente)
Confere aí ....





Proximas paradas do Buzão...................
No ar dia 21/05 - Cidade de Deus (acompanhante no bairro: MV Bill)
No ar dia 04/06 - Parque Bristol (Terno do Pânico Brutal)
No ar dia 18/06 - Itaim Paulista (sambista Beto Guilherme)
No ar dia 02/07 - Piraporinha (poeta Sérgio Vaz)
No ar dia 16/07 - São Matheus (Mikimba DRR - De Menos Crime)

* Sujestões de pauta......................
buzao@tvcultura.com.br

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei este texto, porque ele fala da negação da cordialidade brasileira por meio do RAP. Adorei mais ainda, porque o autor também entende a cordialidade como, por exemplo, o axé music das musas perfumadas. Quer dizer, há uma maquiagem para a desigualdade. O que acham?

"Para os interesses imediatos dos jovens afro-descendentes brasileiros, o rap é mais familiar que os romances eruditos ou as novelas televisivas. Há na postura dos rappers uma sisudez marcada pela ausência de sorrisos conciliadores e por uma rígida e agressiva gesticulação. Tranqüilidade, adequação e alegria são o que a sociedade brasileira ainda espera dos negros bons, mesmo em tempo de cotas. Na contramão desta expectativa, o rap estabelece, conscientemente, uma postura calcada em atitudes descolonizadas. As letras e a postura dos artistas do hip hop se fundem na tentativa de anulação das fronteiras entre a realidade e sua representação. Estetiza a consciência adquirida no contato diário como o “pesadelo periférico” de sua vizinhança pobre, preta e violenta. Instala um discurso que, se por um lado, se apresenta como fala do coletivo, por outro, centra-se no “negro drama” de cada um.
Na Bahia, também, elevam-se vozes não-cordiais que agridem frontalmente o mito da baianidade feliz desde e para sempre. Oferece uma imagem do negro oposta à veiculada em peças publicitárias para escamotear as mazelas e atrair turistas. O rap soteropolitano instala um “mau-cheiro” no jardim das musas perfumadas da axé-music."