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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

46° SARAU ELO DA CORRENTE

Alice Rodrigues

Michel


Raquel


Santista


A chuva ontem por incrivel que pareça não atrapalhou, ta precisando chover mesmo nessa cidade fumacente. Aproveitei o fato raro , sem água no céu, sem água na torneira, e tomei um belo banho de chuva propositalmente, a caminho do sarau. Cheguei até a pensar qua com a chuva só ficaria eu, a Raka e o Santista no bar pra fazer o recital, o que não seria problema, tendo três ou tendo cem, tamô junto do mesmo jeito, mas que bom, me enganei ...

No contenção já estavam o poeta João do Nascimento e o Arzu, pra firmar. Conforme a poesia foi fluindo no ar, atraiu feito imã o Paulinho, o Portuga, a Alice, o Valdir ... e duas horas de muita poesia e descontração. Quando estamos em menos pessoas o sarau fica mais descontraído, parece uma grande roda de conversa versadas, sei lá é outra pegada, não é melhor de quando o bar fica pequeno, mas é diferente.
Os sorrisos irradiaram, e isso é muito bom de ver e sentir. O unico barulho era da chuva, que foi a trilha sonora da noite, a gente ali lendo, sorrindo, falando sério, refletindo, enquanto o céu chorava timidamente e embalava o ritmo das nossas palavras.
Ontem nossas vozes só foram mais intensas, porque não podemos transmitir o sarau pela rádio, por problemas na mesa de som, mas pra que poesia nas ondas da rádio? A chuva, rainha da noite, já dava o ar da graça poético nos ouvidos de ladeira, só não ouviu quem não quis.. Fazer o quê? Nem todos gostam de poesia.
O terreiro já está sendo preparado, dia 21 chega mais um filho piritubano, imigrante nordestino, "Cordéis e poesias para cantar" - João do Nascimento. Muitos torcem contra, milhares a favor, mas para brotar na porta do bar, a poesia precisa apenas de um simples silêncio.
Michel

Um comentário:

Anônimo disse...

É, a poesia só precisa de silêncio e de vida para brotar.
Leonardo