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domingo, 24 de agosto de 2008

A.S.R por Michel da Silva


Dedicado ao irmão Allan Santos da Rosa


Ligeirice de prontidão


mastiga a bala do inimigo


Devolve na angolinha


Rasteiro, lento, rápido, preciso, certeiro


Palavra que dilacera


da cabeça aos pés


Injeta revolta e amor


Costura com cuidado


com fios de palavras


Renasce, planta, frutifica, planta


Cuida da cicatriz


Firma sua raiz


Arvore lapidada, cravada no peito


Poliniza na beira do corrégo


Terra boa, Toró


O muleque se pendura, colhe


E degusta no barraco


O fruto mandiguêro

2 comentários:

Philosopho disse...

Nada combina mais com o Toró do que o vôo solo do gavião-de-penacho, ícone-vela de minha poesia no tufão.

Mjiba disse...

Allan é tudo isso mesmo...Belo poema..beijocas