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quarta-feira, 30 de abril de 2014

Sarau Elo da Corrente na feira de Livro de Buenos Aires (05 a 11 de maio) e lançamento da antologia "Saraus" (org. Lucía Tennina)

São Paulo leva literatura da periferia à Feira do Livro de Buenos Aires
(Guido Carelli Lynch
Do Clarín, em Buenos Aires)

A língua é o muro impenetrável que separa o Brasil do resto do continente. É uma barreira mais forte que os interesses econômicos protecionistas que de vez em quando afloram deste lado da fronteira ou do outro.
Dificilmente a participação de São Paulo como cidade convidada de honra na 40ª Feira do Livro de Buenos Aires será suficiente para derrubar esse muro, mas a comitiva de escritores, sociólogos, músicos e editores paulistas servirá talvez para erguer uma ponte entre as duas cidades com mais oferta cultural da América do Sul.
A proposta da megalópole brasileira é variada e inclui autores consagrados como o multimídia Arnaldo Antunes –o mais conhecido pelos hermanos–, Marçal Aquino ("Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios"), Andréa del Fuego ("Os Malaquias") ou Ricardo Lísias.
Mas o foco estará no que os próprios paulistas e agitadores culturais brasileiros chamam de "cultura periférica" e "literatura marginal". Trata-se de um grupo de autores que, em sua maioria, vive em favelas ou zonas marginais da cidade e que ganharam visibilidade nos saraus, o fenômeno de grupos que recitam poesia (com ou sem música) e que explodiu primeiro nos bairros mais pobres da cidade, entre 2001 e 2002, e se espalhou pelo resto do Brasil e dos outros setores sociais. Reginaldo Ferreira da Silva, mais conhecido como Ferréz, o nome com o qual se transformou em best–seller, é a cara mais conhecida desses grupos.
O autor de "Manual Prático do Ódio" será sem dúvida um dos pontos fortes da feira: tem discurso e uma literatura potente. Dias atrás, em São Paulo, ele disse ao "Clarín" que "os autores brasileiros da classe média estão deprimidos, só pensam no rivotril". Essa tensão subjacente também virá a Buenos Aires. Ferréz compartilhará mesa com outro escritor consagrado, Marcelino Freire, autor de "Contos Negreiros", e também emergente da literatura marginal, que afirma: "a grande maioria dos autores do mainstream torcem o nariz para os que vêm da periferia".
Festivos e catárticos, próximos do hip–hop, 15 dos 150 grupos de saraus que convivem em São Paulo virão à Feira. "O que se buscou foi inverter o tradicional: colocar a periferia no centro e o mais consagrado na periferia", explica Luiz Bagolin, diretor da Biblioteca Mário de Andrade, a segunda mais importante do Brasil, e o grande responsável pela coordenação da programação paulistana.
São Paulo terá um stand próprio no pavilhão amarelo da Rural, com uma superfície de 144 metros quadrados. A decoração estará a cargo do coletivo JAMAC, coordenado por Mônica Nador, artista importante na cena de São Paulo, que trocou a pintura pelo aerossol e os museus pelos projetos sociais e artísticos na rua. Seus enormes quadros de seis metros de comprimento por 1,5 metro de largura envolverão o stand. A pesquisadora argentina Lucía Tennina apresentará ali sua nova antologia de saraus.
A programação brasileira, porém, não se limitará ao edifício da feira. O Malba, o cine Gaumont e até a discoteca Niceto terão shows e apresentações.
A única ironia é que, com tamanha aposta pela integração regional, as restrições alfandegárias não permitirão a entrada no país de um grande volume de livros brasileiros, como avisou Juca Ferreira, secretário municipal de Cultura. Por enquanto, será preciso se contentar com os autores.

Lucia Tenina:

Quiero compartir (y que compartan!) la alegría de informar que este martes a las 18 hs en el Stand de San Pablo de la Feria y el miércoles a las 20 hs en La Cazona De Flores va a estar presentándose Saraus. Movimiento/Literatura/Periferia/São Paulo. Se trata de un libro que organicé, compilé y traduje por Tinta Limón Ediciones, que pretende ofrecer a los lectores argentinos panorama del Movimiento de Literatura Marginal de San Pablo, que coincidentemente es el invitado especial en la Feria Internacional del Libro de Buenos Aires [Sitio Oficial] este año. Les adjunto la hermosa tapa que hizo Diego Maxi Posadas (Ricardo Reyes). Hay fotos de Léo Guma y João Claudio de Sena, un grafiti de Beto Silva hecho especialmente para el libro. Les aseguro que además de un libro interesantísimo y único en su especie, es un objeto bonito.
Agradezco a cada uno de los autores que confiaron en el proyecto y autorizaron la publicación de sus textos, desde ya que sin ellos este proyecto no existiría, a Beto Silva por el grafiti, a Guma y JC por las fotos, a los de Tinta Limón por el aprendizaje y el lujo que significó editar con ustedes (Igna Gago, Andres Bracony, Mario Santucho + la asesoría deNatalia Osorio Portolés y Santiago Sburlatti), a mi compañero Emiliano Fuentes Firmani que acompañó y aportó en cada etapa del libro, a Juanita, que llegó en el medio del proceso para llenar todo de magia, a mis viejos por apoyarme siempre en todo con respeto y amor, a Clarisa Chervin por una de las fotos, Érica Peçanha que aportó sus hipótesis en el armado del libro (sin su investigación nada de esto existiría),a Gonzalo Aguilar por ser mi director,a Simone Silva , quien guió todos mis pasos por San Pablo, a Heloísa Buarque de Hollanda, que aportó un texto suyo para este libro y a la Prensa que va a cubrir las presentaciones con reseñas increíbles! Autores: Primera Parte: Poeta Sérgio Vaz, Binho, Elizandra Souza , Ferréz Escritor,Alessandro BuzoMarco Antonio Iadocicco (Marco Pezão), Dinha Maria Nilda, Serginho Poeta, Sacolinha, Allan da Rosa, GOG Segunda Parte: Michel Yakini, Brnua Ribeiro, Fuzzil DeeantoLuan Luando Guarani KaiowáZinho Trindade IIVagner SouzaRaquel AlmeidaAlisson da PazAmauri Ogã NiluLids SikeleliRodrigo CiríacoAugusto CerqueiraRodrigo Moreira CamposJoao Do Nascimento Santos NascimentoTula FerreiraSonia Regina BischainRenan InquéritoDugueto Shabazz, Samantha Biotti Neves,Priscila PretaRose DoreaGiovani BaffôAkins KinteFernando Ferrari

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