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terça-feira, 4 de setembro de 2007

MÃE AFRICA por Raquel Almeida



MÃE ÁFRICA

Quando meus pés cansarem
E a minha voz embargar
Chora mãe África, chora,
Já estou chegando lá

Se todos me abandonarem
Desistindo de caminhar
Coragem mãe África, coragem,
Força você me dará

E se algum de nós
Com o inimigo se juntar
Chora mãe África, chora,
É mais um filho que irás deserdar

Se mais uma vez
Aquele portão de ferro se fechar
Peço força mãe África, força,
É mais um irmão que o sistema vai trancar

Quando mais uma noite fria
Um dos teus filhos passar
Confia mãe África, confia,
No próximo inverno ele não estará mais lá

E quando a nossa nação
Dar as mãos e parar de duvidar
Alegre-se mãe África, alegre-se,
Nossa bandeira irá se levantar.




















Um comentário:

poesia-claud'sant disse...

EU tento acreditar na igualdade entre os homens,mas quanto mais tento acreditar mais sou descreditado, ainda me choco com "essa" linguagem coloquial-de-periferia. Será que o uso excessivo desse tipo da linguajar não cria uma desvalorização de real riqueza do nosso idioma hereditário, o português ? Considero de muito valor essa capacidade de se comunicar contato que ela seja utilizada de forma consciente e responsável,que ela seja uma questão de escolha. Em relação ao seu poema, não deveríamos, ou vcs que se consideram negros não deveriam cuidar para não criar ou estimular algum tipo de preconceito ao contrário, com essa "estória de homem branco e escravidão e trancafiar teus filhos?" Não seria essa uma espécie de "não queremos mais ser odiados,agora vamos odiar ? Sou branco e me orgulho disso,mas não sou nenhuma espécie de colono ou senhor de escravos. Igualdade sim e sempre; preconceito invertido, jamais.